As lágrimas de Piaf
Contar a vida de Edith Piaf não é fácil. Dona de uma das vozes mais

Agora imagine tudo isso representado em filme. Misturar várias etapas da vida de um ser humano e retratar cada capítulo com uma profundidade psicológica imensa. Difícil? Pois é, foi o que o diretor Oliver Dahan tentou fazer em “La Môme” (traduzido para Piaf – Um Hino ao Amor). E não é que deu certo? O filme, que estreou no Brasil dia 12 de outubro, é no mínimo, brilhante. É de se notar que grande parte dessa qualidade é devido à atriz Marion Cotillard que encarna a personagem de maneira tão real que parece que é a própia Piaf encenando.
Passagens emocionantes, como quando a ainda menina Piaf (Pauline Burlet) canta a Marselhesa, são, literalmente, de arrepiar o pêlo. As músicas de sua carreira não foram dubladas, o que garante à platéia a originalidade da voz que encantou o mundo. O que deixa a desejar é somente quando La Môme canta “La Vie en Rose” em uma versão inglesa, o que quebra um pouco da magia da música em francês. Tirando isso, a trilha sonora é excelente. - Detalhe para o final emocionante com “Non, Je ne Regrette Rien” –


Em Piaf – Um Hino ao Amor, vemos uma personagem bem consolidada, que possui firmeza e que não se arrepende de seus atos. Uma mulher bem decidida, mas que não resiste às drogas. Alguém que via no amor a ausência, que preferia a escuridão à claridade, que envelhece prematuramente e que com 47 anos morre decrépita e no anonimato. Uma cantora que encantou gerações e que usava a voz para retratar sua vida.

Thiago Couto
2 Comentários:
Bah, a Piaf é muito boa!
Vou procurar esse filme.
Abraço!
Je Ne Regrette Rien é linda!
Bom, com tanta coisa boa esse filme só pode se bom mesmo.
Vou procurar!
Grande abraço.
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